Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

INTENÇÕES OCULTAS NAS ATITUDES




A educação e a socialização nos tornaram quase experts a discorrer sobre o mundo em que estamos; mas a não perceber e a calar diante do mundo que somos. Para ilustrar: até mesmo a ciência médica também incorporou essa idéia: a da camuflagem, do ser impessoal; do ser coisa. E hoje os pacientes apenas conseguem vagamente perceber seus sintomas; as pessoas não estão mais capacitadas a explicar suas dores; as sensações costumam sofrer o processo de massificação tornando-se o indefinível mal estar ou o não estar bem; um problema é que muitos não sabem também explicar o que seja: estar bem. Tudo tende a ser jogado para o não pessoal na frieza dos exames baseados em aparelhos e trecos de tecnologia.

O conhecimento de nós mesmos passa de forma obrigatória pelo conceito da verdade que liberta.
Nosso assunto de hoje: O estudo das nossas atitudes.

Nem sempre revelamos abertamente nossas atitudes.
Esse comportamento é aprendido.
Para a maior parte de nós ser é diferente de parecer. Incorporamos através da experiência de outros a tentar manter algumas atitudes escondidas, em especial na infância, com os pais, já que quase todos realizam diferente do que pregam; pois, a maturidade ou crescimento interior não caminha lado a lado com o crescimento biológico.

Como diz o adágio: a verdade tarda; mas não falha.
Aqui em 3D onde tudo é mais lento; nós sempre tentamos parecer o que não somos; de forma meio que inútil e sofrida; pois não conseguimos o tempo todo, especialmente em épocas aceleradas com daqui em diante.
A verdade é que em determinados momentos, nós atraímos circunstâncias que derrubam as máscaras de contenção da personalidade social, deixando descoberta nossa personalidade real – a verdadeira. Mas, mesmo aqui não nos enganamos uns aos outros o tempo todo; pois, para um observador bem treinado, até a postura corporal desmente a atitude mistificadora do nosso comportamento cotidiano.

Retornando ao exemplo da saúde: essa forma de reagir, de fingir que a coisa não é conosco; quer não temos nada a ver com nossos problemas, é doidona. Doentes fingem que querem se curar quando nem desejam ser curados; para não perder as mordomias de estar doente; ou não estar bem. Curadores fingem que tentam curar; quando na realidade desejam manter o poder sobre os doentes com seus respectivos lucros. Visto de fora, por alguém de outro mundo a Terra deve parecer um tremendo hospício.

Quando somos pegos com a boca na botija da ilusão ou mentira; até por nós mesmos; quando é impossível negar; apelamos para as desculpas e justificativas mais sem noção:
Sou; mas quem não é!
Como se a normose fosse resolver nossos problemas com a verdade a nosso respeito.

O libertador conhecimento de nós mesmos passa obrigatoriamente pela avaliação permanente da intenção escondida atrás das nossas atitudes – pois, na tentativa de escondermos dos outros nossas intenções as escondemos de nós mesmos.
Sabe aquela brincadeira de guardar uma coisa tão bem guardada que depois você não lembra mais onde a escondeu?
Em se tratando da nossa evolução; podemos demorar séculos para lembrar onde nos escondemos de nós mesmos.

Exercício:
De vez em quando; dispa-se da fantasia das desculpas e justificativas – fique peladão ou peladona na frente ao espelho da sua consciência e olhe para suas intenções; preste atenção - mas, cuidado para não desmaiar nem sair correndo por aí sem a roupagem das desculpas e justificativas – internação na certa.

Boa busca.

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