Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Padrão de qualidade humana das famílias de hoje - A qualidade do EU SOU.




Grande parte das pessoas queixa-se com freqüência de seus familiares, cada parte costuma responsabilizar a outra pelas suas frustrações, pela sua infelicidade, pela sua sensação de sofrer.

Ouvindo cada uma em separado, damos a cada um dos envolvidos, toda a razão.

Ao analisarmos as razões, verificamos que tanto o mérito quanto a culpa está diluído entre todos.
É que, não importa apenas o que cada um fez, mas, também o que deixou de fazer; pois pela lei da vida, cada qual tem que responder pelo que já detém de conhecimento e capacitação...     
    
Quantas vezes, por fixarmos apenas nossas razões, nossos interesses íntimos, pré/julgamos situações e acontecimentos; e como nosso ego é um juiz parcial damo-nos ganho de causa sem direito de apelação; assim agindo, quantas lágrimas e quanto sofrimento desnecessário causamos aos nossos familiares.
E, pela lei de causa e efeito, no retorno, dia menos dia será a nossa vez de vivenciar o outro lado da moeda, o de pseudo/vítimas...

Um dos motivos das queixas de boa parte das famílias tem origem na própria constituição familiar da imatura maioria; e que estrutura-se em compromisso do tipo conseqüência de.

A força de atração primária dessa união, ainda não é o sentimento do amor; é a paixão, cujo fator de aglutinação é quase sempre a energia sexual. Algo perigoso na atualidade; pois até os muito jovens estão usando aditivos sexuais que vão de drogas eréteis a fantasias excessivas que levam á perda de identidade.

Além disso:
Na fase inicial da relação amorosa há uma tendência natural em esconder defeitos próprios e realçar qualidades; ás vezes, até inexistentes; esse ocultamento é favorecido pela convivência ocasional.

Porém:
Uma vez convivendo no dia a dia, dividindo o mesmo teto, os defeitos complementares se acentuam a ponto de incomodar; e o sonho, o ideal, a paixão transformam-se ao longo do tempo em: frustração, mágoa, ressentimento; e breve, cada parte responsabiliza a outra pela sua frustração, pela sua sensação de sentir-se infeliz e mal-amado.

Daí em diante:
Tem início as crises conjugais, que mal resolvidas causam um grande número de doenças nos envolvidos, além de uma baixa qualidade de vida pessoal e para o grupo familiar e de convivência.

Nascidos os filhos, além dos possíveis desajustes do passado recente ou muito antigo entre pais/filhos/irmãos, ainda soma-se o atrito dos defeitos complementares entre todos os membros da família nas interações do cotidiano.
O que pode tornar a vida em família um verdadeiro inferno ou um relativo paraíso; dependendo da atenção e do cuidado que se dê ou não, à qualidade das relações e ao amor que exista entre as partes; se for apenas paixão, rapidamente ela se transforma em ódio; não raras vezes, seguido de crueldades a aguardar a devida reparação em futuro próximo ou remoto.

Nos dias de hoje, fica explícito e evidente que, em boa parte das famílias ainda predomina de forma contundente a insatisfação negativa, as traições, o antagonismo, o ciúmes, a maledicência, a calúnia, os roubos desde objetos de uso pessoal a valores e heranças.

Até mesmo nas conquistas materiais, muitas famílias queixam-se que não progridem, mesmo tendo todas as condições para fazê-lo. O motivo principal é que não formam um “time” no qual todos fazem sua parte e com objetivos comuns. Não existem objetivos claros e comuns, pois cada qual defende apenas seus egoístas interesses. 
   
Imaginemos uma criança que tenha trazido ao nascer predisposição para qualquer tipo de doença mental se desenvolvendo nesse tipo de família; com certeza a doença se manifestará; dia menos dia.

Qual o padrão de qualidade da minha família?

A QUALIDADE DO EU SOU.

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