Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sábado, 19 de maio de 2012

CRIANÇA EM CORPO DE ADULTO No ser humano da atualidade a idade cronológica não corresponde á idade de maturidade psicológica. De certa forma, somos velhas e birrentas crianças em corpos de adultos. Muitas são as causas que impedem as pessoas de se humanizarem de forma integral e harmônica. Estamos nos humanizando pouco a pouco. A maior parte de nós ainda se encontra entre o pouco racional e o homem. Pode-se dizer que nós ainda somos trogloditas em muitos aspectos. Não importa nossa idade contada em anos; feito crianças esperneamos por direitos humanos; ou seja, a capacidade de escolher, de intervir em nós mesmos, nos outros e no meio ambiente, de criar e de destruir; no entanto queremos responsabilidade de bichinhos. Essa tentativa de fuga nos levou a criar e a manter uma forma de pensamento mágico e de crenças em sorte, azar, destino, sobrenatural, milagres..., coisa de espíritos crianções. Somos velhas almas retornando a esta dimensão da vida. Ao renascer trazemos um conjunto de tendências, impulsos, compulsões e uma personalidade que vai desabrochando pouco a pouco, segundo os estímulos externos aos quais estamos submetidos. Usando uma linguagem de computador: nem todos os arquivos do nosso espírito serão abertos durante a atual existência, somente aqueles “despertados” pelos estímulos externos e internos relativos ao trabalho existencial a ser executado neste Projeto de Vida. O conjunto de nossas características inatas é a bagagem evolutiva do espírito, herança de si mesmo, a imagem de suas conquistas evolutivas tanto positivas quanto negativas; nada de loteria genética (o que seria uma crueldade contra uns e benefícios para outros). Antes até uns sete, hoje quem sabe até uns três anos de idade, o espírito está na vitrine com tudo o que veio fazer à mostra. É papel dos pais anotarem tudo, estudar as qualidades a serem desenvolvidas, as deficiências a serem corrigidas; educação enfim. Ao longo da existência usamos várias máscaras de comportamentos; mas na velhice o espírito volta para a vitrine e fica á mostra todas as suas qualidades e a falta delas; sua maturidade e a falta dela; com uma tremenda desvantagem: a criança não é cobrada, o idoso sim. Percebemos com relativa facilidade as criancices dos outros; mas ignoramos as nossas atitudes de criança mentirosa, preguiçosa e birrenta. Quando Yung disse que em todo adulto mora uma criança, acertou na mosca; pena que não tocou no ponto certo. Evidente que na fase cronológica da infância algumas características são puras e especiais e deveriam ser mantidas para sempre. Parece loucura; mas o que deveria nos conduzir á maturidade é o principal agente da falta dela: A educação. É proibido aprender. A criança não tem permissão para aprender; apenas para ouvir os discursos recheados de vazios conteúdos que os “mestres” raramente praticam. O que mais aprendemos na infância com os adultos é no tornarmos “meninos maluquinhos”: pensamos uma coisa; dizemos outra; e fazemos ao contrário do pensado e dito. Namastê.

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