Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sábado, 14 de abril de 2012

PEQUENOS DESCUIDOS NAS RELAÇÕES HOJE - GRANDES PROBLEMAS NO FUTURO




Não cultivamos o bom hábito de nos conhecermos melhor nem às pessoas com quem convivemos; esse descuido pode dar origem a problemas até angustiantes; tanto na individualidade quanto no coletivo: vida social, família, trabalho.

Apenas focamos as características negativas da personalidade dos outros; nós as julgamos e criticamos quando ferem nossos interesses do momento.
Sem treino pouco conseguimos perceber da personalidade real das pessoas, mesmo as do convívio diário. Fazemos a leitura apenas das aparências; e até nos espantamos com as doenças decorrentes das desarmonias do nosso caráter e dos outros.
Exemplo de leitura inadequada:
- “Uma pessoa tão boa só sabe ajudar os outros e aparece com câncer, que injustiça! Às vezes duvido que exista Justiça Divina!
Inevitável que durante o sofrer, nós esqueçamos quem somos e o que fazemos aqui; na nossa condição atual isso é lógico: confundimos escola com colônia de férias.
- Coitado, vai morrer!
E quem não vai?
Câncer ou qualquer outra doença que anuncie a já anunciada desde o nascimento morte; é presente no bom sentido: pessoa que merece uma chance de resgatar ou transmutar algo em dias, meses ou anos; problema sério é o que desencarna de súbito, sem aviso prévio, especialmente se estiver no auge do sucesso. Evidente que cada caso é um caso – porém o que costumamos chamar de problema, dor e sofrimento; sempre é a solução para cada caso.

“Não julgueis...” disse o Mestre; estudar o outro deve ser com a intenção de ajudar através de nossas atitudes concretas no dia a dia; e de visualizarmos nossas dificuldades de personalidade que se acentuam quando na presença do outro; pois estudar o outro tem tudo a ver com o conhecimento de nós mesmos, requisito essencial para nossa reciclagem.

Fruto ou reforço do sistema educacional nós escondemos nossa verdadeira personalidade usando couraças de contenção e outros disfarces.
Quanto mais fortes os mecanismos de contenção da pessoa; mais difícil torna-se perceber sua personalidade verdadeira; no exemplo anterior: a preocupação excessiva com os outros pode muito bem ser apenas o que ela aparentava, embora pudesse portar: frustração, mágoa, e desejos de vingança contidos, para melhor ser aceita ou amada e outros problemas mais.

Aparentar é bem, muito diferente de ser e, é preciso treino para diferenciar.

Na mágoa, o sentimento de frustração está sob relativo controle da razão.
No ressentimento, a emoção ganha da razão.
No ódio, o desejo de vingança e a razão já desencadeiam uma ação concreta.
A maneira como nós interpretamos as emoções decorrentes de nossas relações podem fazer adoecer.
A mágoa, por exemplo, é um fator importante na formação de displasias e tumores (de acordo com as tendências pessoais). Com as devidas ressalvas, o treino de perdoar é eficaz vacina contra os tumores.
Vacina?
Aprender a relevar as atitudes do próximo, não esperando além do que ele tem a nos oferecer estamos fazendo uma forma de prevenção.
Se zelarmos pela qualidade das nossas relações, nós estaremos nos protegendo e aos outros de possíveis somatizações, obsessão e outras dificuldades futuras.

Quem ama cuida; mas antes aprende a cuidar.

Namastê.

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