Imaginei que sendo seres muito mais reativos do que pró-ativos; as máscaras que usamos no dia a dia fossem colocadas e caíssem basicamente sob estímulos externos.
Vou precisar repensar.
Confesso que não tinha ainda observado nossas mudanças de postura até radicais no dia a dia; por esse ângulo:
Convivem em nossa intimidade vários personagens que vão de antagônicos a engraçados?
A questão surgiu da conversa com uma amiga que até gosta de se sentir bipolar; segundo ela: isso diverte e até escandaliza.
Ela me disse que dentro dela convive numa boa uma Madre Teresa com uma Pomba Gira; ás vezes ela incorpora uma noutras a outra.
Acho que no fundo todos nós ainda somos meio assim.
Ela levar isso de boa; tudo bem – Mas e os em torno? Como é que fica? Acho que na TPM dela, a Madre vai fazer retiro e a pomba gira se esbalda; deita e rola. Mas quando é que uma assume? Quando a outra cansa?
Dá para planejar isso?
Eu imaginava que nossos personagens brotavam assim no puro impulso; trocar os papéis do ator alma de cabeça pensada; eu nunca pensei que fosse possível tamanho jogo de cintura.
Outro dia um amigo me afirmou que quando a coisa aperta para o lado dos interesses dele; ele dá uma de doido varrido e consegue o que quer – sei não – acho que um dia vai dar em camisa de força.
Será que é isso que chamam de ser autêntico?
Assumir a personalidade que dá na telha?
Ou a que interessa ao momento?
Tudo bem que em cada lugar nós sejamos um; mas vários ao mesmo tempo é complicado.
Dia destes ouvi que o negócio da moda atual no comportamento é ser tripolar. Tripolar? Não dou conta nem de ser bipolar.
Acho que vou para um cantinho conversar com os meus botões e tentar botar ordem na casa íntima; nem que seja na base da ditadura – democracia íntima tá gerando bagunça...
O momento está pedindo uma ditadura da mente.
Pessoal agora quem manda aqui; sou eu!
Ego cala a boca!
Emoção pára de chorar sem motivo!
Instinto baixa a bola!
Impulso; menos ou ocê vai ficar de castigo!
Só Deus prá me ajudar a escolher qual a melhor forma de governar essa turma.
Democracia não deu certo.
Parlamentarismo nem pensar; essa turma só quer mamata.
Ditadura; não dou conta.
Deus:
Socorro!
Posso começar tudo de novo?
Melhor me fingir de morto?
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