Grande
parte das pessoas queixa-se com freqüência de seus familiares, cada parte
costuma responsabilizar a outra pelas suas frustrações, pela sua infelicidade,
pela sua sensação de sofrer.
Ouvindo
cada uma em separado, damos a cada um dos envolvidos, toda a razão.
Ao
analisarmos as razões, verificamos que tanto o mérito quanto a culpa está
diluído entre todos.
É
que, não importa apenas o que cada um fez, mas, também o que deixou de fazer;
pois pela lei da vida, cada qual tem que responder pelo que já detém de
conhecimento e capacitação...
Quantas
vezes, por fixarmos apenas nossas razões, nossos interesses íntimos, pré/julgamos
situações e acontecimentos; e como nosso ego é um juiz parcial damo-nos ganho
de causa sem direito de apelação; assim agindo, quantas lágrimas e quanto
sofrimento desnecessário causamos aos nossos familiares.
E,
pela lei de causa e efeito, no retorno, dia menos dia será a nossa vez de
vivenciar o outro lado da moeda, o de pseudo/vítimas...
Um
dos motivos das queixas de boa parte das famílias tem origem na própria
constituição familiar da imatura maioria; e que estrutura-se em compromisso do
tipo conseqüência de.
A
força de atração primária dessa união, ainda não é o sentimento do amor; é a
paixão, cujo fator de aglutinação é quase sempre a energia sexual. Algo
perigoso na atualidade; pois até os muito jovens estão usando aditivos sexuais
que vão de drogas eréteis a fantasias excessivas que levam á perda de
identidade.
Além
disso:
Na
fase inicial da relação amorosa há uma tendência natural em esconder defeitos
próprios e realçar qualidades; ás vezes, até inexistentes; esse ocultamento é
favorecido pela convivência ocasional.
Porém:
Uma
vez convivendo no dia a dia, dividindo o mesmo teto, os defeitos complementares
se acentuam a ponto de incomodar; e o sonho, o ideal, a paixão transformam-se
ao longo do tempo em: frustração, mágoa, ressentimento; e breve, cada parte
responsabiliza a outra pela sua frustração, pela sua sensação de sentir-se
infeliz e mal-amado.
Daí
em diante:
Tem
início as crises conjugais, que mal resolvidas causam um grande número de
doenças nos envolvidos, além de uma baixa qualidade de vida pessoal e para o
grupo familiar e de convivência.
Nascidos
os filhos, além dos possíveis desajustes do passado recente ou muito antigo
entre pais/filhos/irmãos, ainda soma-se o atrito dos defeitos complementares
entre todos os membros da família nas interações do cotidiano.
O
que pode tornar a vida em família um verdadeiro inferno ou um relativo paraíso;
dependendo da atenção e do cuidado que se dê ou não, à qualidade das relações e
ao amor que exista entre as partes; se for apenas paixão, rapidamente ela se
transforma em ódio; não raras vezes, seguido de crueldades a aguardar a devida
reparação em futuro próximo ou remoto.
Nos
dias de hoje, fica explícito e evidente que, em boa parte das famílias ainda predomina
de forma contundente a insatisfação negativa, as traições, o antagonismo, o
ciúmes, a maledicência, a calúnia, os roubos desde objetos de uso pessoal a
valores e heranças.
Até
mesmo nas conquistas materiais, muitas famílias queixam-se que não progridem,
mesmo tendo todas as condições para fazê-lo. O motivo principal é que não
formam um “time” no qual todos fazem sua parte e com objetivos comuns. Não
existem objetivos claros e comuns, pois cada qual defende apenas seus egoístas
interesses.
Imaginemos
uma criança que tenha trazido ao nascer predisposição para qualquer tipo de
doença mental se desenvolvendo nesse tipo de família; com certeza a doença se
manifestará; dia menos dia.
Qual o padrão de qualidade da
minha família?
A QUALIDADE DO EU SOU.