Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

REAÇÕES FRENTE À DOENÇA




Frente á doença as reações emocionais dependem basicamente da personalidade, cultura e da visão de mundo das pessoas.

Na doença aguda: predomina o medo da morte sob várias formas; embora sua evolução seja relativamente rápida nela pode ocorrer a fixação do temor na forma de ansiedade fóbica frente a doenças futuras.

Na doença crônica, alterna-se o conformismo com o medo de piora; intercaladas com o sentimento de não aceitação das recorrências; o que gera novas buscas para tentar a cura; nesta fase ficamos vulneráveis ao charlatanismo e ao misticismo ao entregarmos toda a responsabilidade pela cura em fatos externos a nós: medicina, no além ou na “mão de Deus”; nessa condição nós nos acomodamos; e depois vem a revolta quando não alcançamos o esperado milagre; desiludidos abandonamos tratamentos e aprofundamos vícios; neste período as depressões como reações a acontecimentos tendem a fixar-se, o que dificulta a recuperação; pois a depressão bloqueia os centros da vontade, e sem vontade não há cura; diz-se que perdemos a fé, mas o que ela é, senão a confiança depositada na realização de uma determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo? O indivíduo perdeu a fé porque carecia de firmeza na sua sustentação; que é a compreensão daquilo em que se deve crer; crer por crer não serve, é preciso saber. E por que não temos essa compreensão? Pela recusa em pensar; por isso nós delegamos a interpretação das origens de nossas doenças e sofrimentos morais a intermediários; escolhemos mal os recursos e depois tentando escapar das conseqüências dolorosas.
Para a vida, isso, o nosso sentir-se assim: doente ou sofredor, não tem tanta importância, pois essa condição é passageira (dias, meses ou séculos) até que paremos para pensar e, fortalecidos por novas experiências assumamos o comando da própria existência e movimentemos a força da vontade.

A razão mal desenvolvida leva á interpretação inadequada das emoções, o que faz adoecer e dificulta a cura. Exemplo: mesmo em situações que se repetem, e às quais já deveriam ter-se habituado familiares são capazes de atrapalhar os tratamentos da criança devido à sua “contagiante angústia”; esse descontrole de temor frente à doença é ocorrência comum na febre: nas primeiras horas enquanto dura a fase de incubação da doença, o médico está impossibilitado de encontrar um foco infeccioso que a justifique; a conduta ideal é observar e reavaliar dali a algumas horas para confirmar o diagnóstico e adotar a conduta mais adequada; porém a condição emocional da família somada às circunstâncias conduz a remédios que possam cobrir possibilidades imaginárias de agravações; agravando o quadro e levando a desfechos inusitados.

Mas de que forma educar as emoções frente á doença?
Na escola da vida sempre partimos do pequeno para o maior; do fácil para o mais complexo. Todas as pequenas dores e doenças devem servir de lição para entendermos o que cada uma quer nos dizer.
Se entendermos com as pequenas e simples não precisaremos de forma mais complexas para aprender a mesma coisa.
Dica:
Um problema de pele que nos exponha frente a como somos vistos pelos outros, bem compreendido; pode evitar que anos á frente nós tenhamos que aprender a mesma lição com a ajuda de uma seqüela de AVC.

Dentre várias outras coisas: a doença é um excelente psiquiatra.
E a forma como reagimos emocionalmente a ela também pode ser muito útil no conhecimento de nós mesmos.

Namastê.