Se não sei quem EU SOU - quem serei?

O conhecimento de nós mesmos é requisito fundamental para evitar a loucura.

sábado, 28 de janeiro de 2012

DESPADRONIZAR É PRECISO





Tentar encaixar as pessoas em padrões é uma forma de domínio; quando estamos fora deles somos rotulados de anormais ou até de doentios. Embora seja fruto do sistema de educação e cultura em que fomos criados; nós gostamos; pois nos sentimos confortáveis quando estamos dentro deles; embora de forma instintiva, algumas pessoas se rebelem contra padrões e sistemas; embora nem sempre o façam de forma inteligente e construtiva.

Os prejuízos são consideráveis; pois além da perda da identidade pessoal, do desconhecimento do EU SOU; ao tentarmos sempre nos enquadrar em paradigmas pré – estabelecidos corremos o risco de adoecer, cometer desatinos existenciais e até evolutivos; pois graves problemas de personalidade (segundo o código de ética cósmica) ficam encobertos pela normalidade.

Não apenas as crianças são vítimas da pressão de grupo que acompanha esses parâmetros humanos; os adultos que não amadureceram seu senso crítico também se tornam escravos de modismos voltados para o consumo: roupas e objetos; muitos deles como o fumar, beber, usar drogas são danosos á saúde, e cada vez se tornam mais mortais; pois na tentativa de permanecermos no sistema dos padrões que nos são colocados, nossos limites de adaptação foram extrapolados.

A desculpa e o álibi:
O que todo mundo faz.
Na dieta, por exemplo, as pessoas comem isso e aquilo; e continuam vivas. Todo mundo come; e se todo mundo come faz bem.
O que a maioria pratica assume ares de um padrão correto; mesmo que seja algo absurdo, o que todo mundo faz justifica-se a si mesmo; e até serve como desculpa para tapar o sol com a peneira frente ás leis, o bom senso, a justiça. Num curto prazo isso não parece tão importante; mas em se tratando de evolução humana nos colocamos cada vez mais em situação de exclusão planetária; pois as leis da vida não dependem de pressão de grupo, sistemas de crenças, elas simplesmente existem para que as cumpramos.
O conceito de padrão de normalidade é uma camisa de força que nos é colocada desde o nascimento.
É como se nos dissessem:

É proibido quebrar os padrões estabelecidos.
Exemplo, as tabelas de peso e altura na infância; ou os padrões de beleza infantil: criança gordinha, cheia de dobrinhas e com as bochechas rosadas – coitada da criança cujas tendências orgânicas ousem sair dos padrões estabelecidos pela sociedade e pela ciência é rotulada de doentia, problemática, submetida a muitos exames e, às vezes, entupida de medicamentos para abrir o apetite ou para um processo de engorda no sentido literal da palavra.
Os pais devem ter cuidado para não tentar a todo custo enfiar a criança dentro de padrões e tabelas; é preciso aprender a respeitar a criança em todas as suas características para que ela possa fazer o mesmo consigo ao longo da vida.
Algumas regrinhas básicas são desrespeitadas com freqüência:
Nunca compare uma criança com outra – esse erro é mais comum entre irmãos.
É inteligente reforçar os aspectos positivos das crianças; e não o contrário como é comum.

A maioria que sofre de normose e se deixa padronizar é semelhante a uma boiada indo em direção a um precipício – quem quiser escapar disso; deve sair para a beirada e andar na contramão; evidente que mesmo não afrontando vai incomodar e tirar o sossego do conforto; e será rotulado de pessoa esquisita, nerd, etc. Hoje andar na contramão dos padrões é light; pois até algum tempo quem ousasse ia para a fogueira, masmorra, etc.

Libertar-se dos padrões é mais fácil do que se imagina:
Basta começar a pensar.

Namastê.

sábado, 14 de janeiro de 2012

RELAÇÕES AFETIVAS – MEU BEM; MEU MAL




Nossa vida é feita de momentos.
Estudando como nos comportamos em cada um deles é possível nos conhecermos melhor.

Um caleidoscópio de interesses que produz imagens nem sempre muito belas; regula o trato entre nós – até mesmo e principalmente na afetividade e suas demonstrações.

Como nos vemos uns aos outros segundo os interesses do momento?

Na paixão:
Criatura perfeita; a pessoa dos sonhos.

No interesse forte:
Que criatura doce; apenas precisa mudar algumas coisas.

Depois de alguns meses:
Acho que com o tempo consigo; com que mude essa conduta; essa forma de pensar; esse jeitão; já começamos a colocar Deus no meio da relação, para intermediar: se Deus me ajudar vou conseguir.

Anos depois:
Não sei quanto tempo vou agüentar isso.
Que criatura difícil!
Não quer mudar!

Acho que a culpa é: da família dela que se intromete.
São essas amizades.
Vou dar um jeito de afastá-los.

Relação desfeita:
Desisti.
Essa pessoa não tem jeito; não vai mudar nunca; vou é cuidar da minha vida; fiz tudo que pude. Mereço ser feliz.

Relação mantida:
Entre tapas e beijos; tentativas de todos os tipos; altos e baixos; alguns ardis funcionam, outros não; quando parece que melhorou; torna a recair.
Se não gostasse tanto; ia embora!
Espero que quando estivermos juntos tudo melhore.

Na vida conjugal:
A esperança de que o tempo ajudaria a consertar a outra parte; aos poucos vai por água a baixo.
A luta pelo poder de dominar o outro, de modelá-lo; torna-se cada vez mais acirrada.

Com o passar do tempo...
A maior parte dos ardis: carinho planejado; melosidade; choro; peripakes; depressão; somatização, etc. Nada mais resolve; não funcionam mais; o feitiço quase virou contra o feiticeiro.

Daí, sem que se perceba começamos a praticar:
Pequenas e inocentes vinganças; que são desencadeadas no dia a dia.
Usamos até doença para punir os em torno; e outras coisas mais.

Quando estamos sós:
A solidão também é a nossa cara metade...
Momento de reflexão.

O amor mais pleno chegará com a maturidade evolutiva:
Os desencontros na afetividade serão evitados com facilidade quando entendermos o amor com a maturidade e a inteligência necessária. Deixando de lado o sentimento de posse e a tentativa de controle; aceitando a outra parte exatamente como é capaz e deseja ser.

Namastê.